EMBRIAGUEM-SE
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
Charles Baudelaire
terça-feira, 30 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
I am the Master of my fate, i am the captain of my soul.
Invictus
Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll.
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
William Ernest Henley
Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll.
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
William Ernest Henley
quinta-feira, 25 de março de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
Porque adoro ler
(..)Alterno a confiança com o desalento, a esperança de uma saída para o mundo com a visão da desumanidade aterradora, a preservação dos valores do espírito com o regresso à pior animalidade(…)Penso com inveja nos meus gatos que não sabem nada disto que percorre o mundo. Escrever ajuda, já que não sei fazer malha(..)
Pedro Paixão, A cidade depois.
Mensagem escrita
Os dias que se julgaram cortados, estilhaçados como pedaços de vidro, amarfanhados como novelos agarrados ao que resta da tua lembrança, foram resgatados por um barco-salva-vidas de um azul topázio que se confundiu com as águas do mar.
Os dias que se sentiram inúteis e letárgicos foram inundados por uma voz silente num bilhete de uma viagem de ida. Sei a tua origem e o teu destino, mas tu não sabes nada da minha viagem, apenas e sagradamente me conferiste a tua presença e o teu embaraço. Não foram precisas as palavras na sua forma original, a ecoar no meio dos outros para me reconheceres. Estou agora a recriar o momento em que em silêncio me tentaste salvar; mas tu não sabias que eu não quero salvação, que já não há salvação para as mulheres que estão sempre em viagem.
Os dias que se sentiram inúteis e letárgicos foram inundados por uma voz silente num bilhete de uma viagem de ida. Sei a tua origem e o teu destino, mas tu não sabes nada da minha viagem, apenas e sagradamente me conferiste a tua presença e o teu embaraço. Não foram precisas as palavras na sua forma original, a ecoar no meio dos outros para me reconheceres. Estou agora a recriar o momento em que em silêncio me tentaste salvar; mas tu não sabias que eu não quero salvação, que já não há salvação para as mulheres que estão sempre em viagem.
sexta-feira, 19 de março de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
Começar a semana com disparates, esperando que seja Sol de pouca dura!
Um homem faz sobre a Terra a mesma figura que um piolho de uma linha de altura e de um quinto de largura sobre uma montanha de mais ou menos 15700 pés de circunferência.
Livro dos disparates, Voltaire.
Livro dos disparates, Voltaire.
quinta-feira, 11 de março de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
segunda-feira, 8 de março de 2010
sexta-feira, 5 de março de 2010
quarta-feira, 3 de março de 2010
No to you, yes to me!
A presença dos dias faz-se sem sobressaltos: aduaneiros, taxativos, sem restrições de qualquer índole, como a liberdade fastidiosa da esfera rural. Uma manhã silenciosa, pueril, um cumprimento na hora do café, um passo descontraído a cortar as cortinas súcias do tempo que escorre na tua boca ausente; sempre essa ausência a esgar sobre os trilhos perniciosos do meu pensamento; não sei se pensarei mais na tua boca. Nem é bonita; é pequena, esdrúxula, côncava, a delimitar o grau do teu desejo. Tudo em ti é mudo, só o teu corpo fala estranhamente, como se te impusesses uma qualquer obrigação, uma qualquer necessidade de saltares para a longitude da vida, mas sem prazer absoluto. Therefore
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