Os pensamentos nocturnos são aves migratórias
Não têm raízes porque altas vivem: nos seus voos na sua permanência terrestre, real, na vida.
São cometas ao redor das palavras que nascem em ti.
Os pensamentos nocturnos são as mágoas abertas
Sem pudores, sem formas, são a abstracção Do que se quer viver e do que se viveu
Embrulhadas na roda permanente do pensamento.
Por isso, os poetas escrevem à noite.
Não para fazerem brotar o seu pensamento
Mas para tornarem leve carga da vida.
Por isso, toda as palavras se encontram à noite, pela mão de quem as pensa e sonha.E justamente ganham o ímpeto.
A mão traz sempre a força e a delicadeza
O double sense dos que pulsam em vida.
Já a palavra dos homens são arcos
Que nos rodeiam na infinita mão do universo
Não creio nas mãos boas
Mas creio nas mãos firmes
Não creio nas palavras belas
Mas creio nas palavras âncora, rocha.
A fazer permanecer na terra a Humanidade.
A cidade como produto financeiro
Há 4 anos
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