Voltaste de repente sem artificios, e sempre o mesmo ego a pedir na casa alheia o desejo que se julgava perdido. Os teus remates foram certeiros, mas a minha vontade, algo informe, abandona uma vez mais a tua oferta de cena íntima sem pudor. Só reages aos actos ilícitos, com palavras sem arremessos; mas novamente querem-se arremessos nas palavras e nos sentidos. Há palavras que requerem outros sentidos que caminhem para lá dos horizontes. Na impossibilidade de tudo, eis que surge o teu desejo artífice, articulado, quando do outro lado só se quer dormir.
A cidade como produto financeiro
Há 4 anos
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