terça-feira, 29 de setembro de 2009

familiar feeling

mais música neste blog, moloko, familiar feeling; a vida é a água a escorrer nas veias; extraordinário cenário de fundo para quem quer sair e correr por esse mundo fora e apreender todos os sentimentos que abarcam o universo, ainda que este universo seja o da nossa mente transportada para a realidade que nos circunda. Hoje tive todas as esperanças na mão e deixei-as ao ar, à ventania que corta a pele fazendo-nos sentir mais vivos e mais seres humanos. somos nós e a nossa circunstância, como alguém já disse, somos nós e as forças exteriores, e em tudo isto se revela alma humana sem precendentes, porque só assim se vive. Hoje a dúvida é aquela que nos assola e visita numa tarde de terça feira em que nos apetece tudo, excepto sobreviver e sentir que não se vive.

domingo, 27 de setembro de 2009

Contente, ganhou o povo português!

Ganhou o engenheiro José Sócrates, ganhou o Partido socialista, mas sobretudo ganhou o povo porque foi sábio, inteligente e demonstrou quesabe sempre decidir e escolher o que é melhor em determinado momento para si e para o País; precisamos de modernidade e o povo soube e teve consciência disso; precisamos de estar ao lado da europa e o povo teve esse critério associado à sua decisão. Não precisamos de um país conservador, elitista, retrogado, parado e o povo soube perfeitamente disso... É motivo para estarmos mais felizes e confiantes no futuro.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Breathe in and out

ora bem, vamos lá suavizar este blog outra vez.... just believe and just breathe.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Há dias que terminam assim...If you close your eyes, you can see the music

Coco avant channel

Há dias em que me sinto como a Audrey tautoo, (tão linda, ela) no papel de coco channel. Tanta força e beleza naquele olhar. Tenho que dizer que quando vi este filme, em lisboa, tinha a sala de cinema só para mim e para quem em acompanhava. Uma sala inteirinha, vazia, com 2 espectadores. Parece que aquela personagem falava só para mim. Foi como tivesse recebido um recado de lá de cima, ainda que a minha racionalidade me desvie deste tipo de comportamentos ou idealizações de mensagens divinas. Vi e revi-me naquele papel, (não querendo ser muito presunçosa ao afirmá-lo). Foi, sem dúvida, uma das melhores situações de género cinematográfico dos últimos tempos. Saí de lá com a sensação semelhante à de hoje. Assim, como que meio alienada de tudo e de todos, forte, segura, independente, suficiente só porque existo. Ultimamente, aliás, ando com desejos românticos e megalómanos, de ser maior do que tudo que está à minha volta; em certos dias, o espaço que me circunda é significativamente menor que todos os meus pensamentos; há momentos em que penso abundantemente partir por esse mundo fora sem tempo determinado, deixar de ser um nome, uma profissão, ou criar raizes; deixar de passar nas mesmas ruas de todos os dias, deixar de cumprimentar as mesmas pessoas e, partir, para misturar-me com o desconhecido, com as ruas inexploradas, com as cidades distantes; há dias que me deixo contaminar por esta incrivel necessidade de fugir e recomeçar tudo de novo, apaixonar-me por outros lugares,(porque a beleza do mundo é tanta e cura tantos males), recriar a minha vida, recriar-me, e alterar até o funcionamento das minhas células; há dias em que me apetece ser rebelde com o futuro. Há dias em que tenho a certeza que existe tanta coisa para descobrir sobre esta pessoa que me habita, tanta forma para ser e sentir; sou meio obsessiva com a necessidade de me sentir viva. Se vai desencadear alguma patologia grave, não sei, mas o que sei é que é esta obsessão que me faz andar....

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

closer




como este blog andou parado estes dias, hoje é dia de bombardeamento virtual; closer, dos kings of leon, para reforçar a heresia de emoções que atravessaram na minha vida, uma vez mais. A vida é curta e a malta tem mais é que se fazer à estrada. Por esta altura também, estou a ser salva por Mónica Marques a jornalista do i, que apesar de não me conhecer de lado nenhum, nem saber sequer que eu existo, tem feito milagres na minha vida.É incrível, como às vezes o poder dos estranhos é bem maior sobre nós do que aqueles que temos por perto. OBRIGADA MÓNICA!!

kings of leon




O fim de semana foi cheio de vida. Há músicas que acompanham e anunciam a experiência humana; foi o caso desta.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Patrick swayze

DIRTY DANCING




quem não foi feliz a ver o patrick swayze no filme: dirty dancing?
eu fui e muito.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Voando sobre um ninho de cucos



A propósito da homenagem feita a Milos Forman, no ciclo de cinema, Douro Film Harvest, decidi rever o seu filme: "voando sobre um ninho de cucos". Jack nickolson, brilhante na interpretação, deixa antever a fatalidade do destino de alguém, que apesar da luta, sucumbe ao ambiente onde se encontra; um hospital psiquiátrico, o cenário de toda a acção, é palco para desfilarem as personagens mais hilariantes e afastadas de toda a realidade, à excepção do "chefe", um índio com 2 metros que se faz passar por surdo-mudo para evitar que a dolorosa realidade onde vive, o afectasse ainda mais. Na verdade, é com nickolson, que este personagem vê a salvação
da morte espiritual e, posteriormente a fuga do hospicio.
Um excelente filme que nos recorda que a vida do homem pode não ser sempre ascendente.

sábado, 12 de setembro de 2009

I need a hand with my worrisome heart






Há dias que são salvos por uma música

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A solidão das caminhadas & solidão literária

As caminhadas têm sido, senão muito, pelo menos bastante revigorantes do ponto de vista físico. No entanto, a mente, essa, anda atracada em portos marítimos distantes.
Ontem recebi um dos emails mais bonitos dos últimos tempos, que fala sobre solidão segundo palavras de chico buarque e diz assim:

SOLIDÃO VISTA PELO CHICO BUARQUE

"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo.....
isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar.....
isso é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos.....
isso é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida.....
isso é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado.....
isso é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma .....

Não sei porquê mas quando recebi este texto coloquei os meus últimos dias de joelhos perante estas palavras. Às imagens mentais que vão saindo das gavetas, surgem também o corolário de situações vividas e pessoas fotografadas, e sua inclusão na categoria de momentaneamente e intensamente sós.

Primeira imagem: um descampado perto de um campo de futebol, eis que surge aquele que foi o homem mais solitário que vi na minha vida. A cabeça em direcção ao chão, as mãos abandonadas, e atrás de si, um quase invisível gatinho preto e branco. A marcha do homem e do animal eram uma só.

Segunda imagem: Mulher, 40 anos, filha 20, filho 8.O filho joga à bola com um amiguinho, a rasgar o vento, longe do olhar da mãe; a filha, beija-me, cheira o meu perfume, observa o meu vestido, as minhas olheiras, e na sombra vejo enterradas as suas emoções. A mãe, com um vestido rosa e lilás, lenço azul a colorir a cabeça e o olhar mais brilhante do universo a caminhar na minha direcção; atrás dela, esmagada perante o poder da sua alma, um linfoma reincidente.

Terceira e última imagem: Mulher, 35 anos, pára o carro, sai em direcção a um café, espreita não vê ninguém, mas no entanto entra; toma café, olha(não olha) o jogo da TV, não sabe para onde olhar, sozinha sai do café, vai a um jardim cheio de gente, não vê ninguém, volta ao mesmo café, pede para se sentar com um conhecido, não têm assunto. É, no entanto, salva pelo João, 10 anos, a pedir a sua presença na bilheteira do cinema porque está lá a mãe à espera para levantarem os bilhetes. Com carinho, à saída do café, a mulher pede a mão ao miúdo; ele leva-a. Ela sorri e descansa finalmente. Na sala de cinema, fica entre duas mulheres que não vê, e abandona-se à tela: julie & júlia, ante estreia, a inaugurar o Ciclo de cinema.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

As caminhadas nocturnas

23:00, em casa, e já mais descansada, faço a trajectória mental da minha última caminhada nocturna. Quando tudo à nossa volta está incrivelmente parado, afásico, chato, há que mexer o corpo para a mente não entrar em parafuso, ou desparafusar por completo. Viver no bucolismo pode cansar um espírito hedonista. Ainda que não há mal que dure para sempre também não há bem que faça bem para sempre. Anyway, o segredo está em contrariar tudo, para termos o retorno em felicidade. Esse é um dos pensamentos que tem vindo a povoar a minha cabeça: senão vejamos, quando estou um sábado e domingo prostrada, sem apetite de fazer rigorosamente nada a não ser preguiçar no sofá, sem mexer um musculo, só mesmo o polegar e o indicador dos dedos para virar a página do livro, enviar mais um sms, ou teclar no computador para mudar para a próxima faixa de música de outro cd; quando o tédio é maior que a vontade, há necessariamente de não ouvir os desejos do corpo e da carne deleitosamente refastelada no prazer de dolce fare niente, e procurar o movimento. Andar, mexer os braços, as pernas, ou seja, libertar endorfinas. Daí, advém a maior das alegrias, garanto-vos. Pelo que, oxigenar o corpo pode ser incrivelmente uma sensação de felicidade extrema. Posto isto, e nos últimos dias, decidi encetar as minhas caminhadas nocturnas, umas vezes acompanhada, outras sozinha com a exaltação dos meus pensamentos. Hoje, no entanto, a coisa foi diferente, saí, bati o portão, olhei a lua que parecia abraçar o planeta de tão majestosa e grandiosa, o calor de Setembro a afagar a pele, umas calças de fato de treino, a t-shirt e o telemóvel para povoar as minhas mãos que não sabem não estar ocupadas, andantes dengosas na rua, e aí vou estrada fora. O ritmo que tentava manter acelerado foi logo abortado; primeira paragem: full stop for compliments. Duas senhoras velhotas, sentadas num banquinho em pedra, junto a umas bombas de gasolina, e detrás de uma lavagem automática de carros (imaginem o cenário), estas duas senhoras que assistiram aos meus primeiros passos, todos, digo-vos eu, até os grandes trambolhões da minha bicicleta lilás que tive quando era garota, ou os passos, em versão corrida atabalhoada pelo canelho que dava para a casa do meu avô, diziam-me: - então já vai dar a sua voltinha? - Tem que ser, respondo eu. E vocês não vão dar uma voltinha? - Oh menina, nós já não podemos, as pernas não deixam, mas vemos os outros caminhar; (individual thought: quando não se caminha com as pernas, caminha-se com a mente. Será que é isso a velhice? Será que é essa a alegria que se tem quando as pernas não cumprirem a sua função? Vendo assim as coisas, parece-me compensador, chegar à velhice e não podendo exercitar as jambes, ao menos ser feliz ao recordar as caminhadas passadas. Por enquanto, eu ainda tenho muito caminho e as pernas ainda muito para palmilhar e volto assim à estrada, deixando-lhes o meu melhor sorriso semelhante a uma gioconda ensimesmada. Mais à frente, desta feita um grupo de senhores e senhoras de meia idade, uma delas com a bengala a firmar terreno, olham para mim para receberem um cumprimento; assim o faço, uma boa noite o mais inaudível possível para não perturbar a hegemonia do grupo que às tantas dizia: o Amor e a compreensão, tudo vencem! Com esta me arrombaram, chek-mate. Parti, sem mais delongas, que o percurso me espera para ao menos pensar que corro na corrida de combater a celulite que se instala dia a dia, pois com amor e muita compreensão, à mistura, talvez seja a próxima Catarina Furtado cá do sitio….

sábado, 5 de setembro de 2009

MGMT

TIME TO PRETEND
ORACULAR SPECTACULAR
LIVE FAST AND DIE YOUNG

Muito diferente da MG, (leia-se Melody Gardot) do último post, falo dos MGMT. São uma banda que desencadeia a filosofia do reveiller les âmes ennuies; é tempo de viver, é tempo de afastar o tédio que se instala silenciosamente a minar as vidas dos indivíduos; ao adormecimento e apatia disseminadas eles respondem com música a transportar-nos para un nouveau monde, de duendes magnetizados, de paraíso recriado pelo syndi pop, indie rock, psychedelic pop; time to pretend, por exemplo, é o tempo da fruição da joie de vivre urbana. Mas é ainda a saudade da infância, do lar, do carinho maternal, e também o corte umbilical com tudo isso para deixar a vida acontecer e tomar o seu curso. Temas que se esgotam em qualquer livraria ou discografia, mas que os MGMT apresentam sob outras roupagens.
Também, Electric feel, é sem dúvida, o do not move from this notes; o campo magnetizado das emotions; quem se lembraria de comparar emoções a campo magnético?! Electricidade na mente e no Amor; dá-nos vontade de dançar, afastar-nos de todas as correntes e partilharmos esta corrente eléctrica emocional que nos faz vibrar. Kids, é já o prelúdio de que algo de bom se vai passar nos próximos minutos. Os sintetizadores, longe de serem supérfluos, encaminham a letra e erguem-na a um lugar longínquo, far away from sadness and misery to reach the cords of the heart….


BABY, I´M A FOOL

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

MG (Plus)

MG, ou Melody Gardot representa a nova diva etérea do jazz americano moderno. A sua história de vida é casual, como tantas outras; mas do que para muitos teria sido uma tragédia esta jovem cantora converteu o acidente que teve aos 19 anos enquanto andava de bicicleta, numa autêntica viagem dentro de si. Às vezes o trágico pode revelar-se o início de algo tão belo. Foi o caso. If the stars were mine, our love is easy, baby, I’m a fool, my worrysome heart, são exemplos de rara beleza Sonora e radiante voz que parece nascer de um fundo emotivo intenso individual e único. Na esteira de billie holiday pelo estilo musical, distancia-se pela fragilidade timida com que cada nota rompe o silêncio. Para ouvir e amar.



http://www.youtube.com/watch?v=qcebJ37cZKQ

strengh and soul deep in the corners of my mind

A força interior é algo inato ao individuo ou desenvolve-se nele a partir do momento em que se tem necessidade e a obrigação moral de se ser no meio dos homens?