sexta-feira, 30 de outubro de 2009

pssssssssssssssssssssstttttttttttttttttttttt




Um Fã é um admirador; este, por sua vez, é aquele que vê com admiração; esta, por seu turno, é um sentimento agradável que se apodera do ânimo ao ver a coisa extraordinária, bela ou inesperada; o inesperado, é, assim, algo que sai da espera, e chega à esperança. Logo, os fãs estão decididamente na espiral do asceta.




quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Engano: onde está o Outono!?

Parece que me enganei num dos últimos post´s; o Outono não quer mesmo entrar no rectângulo à beira mar plantado. Hoje, ouve-se é o libertango do Piazzola pela mão de  yo yo ma. Deixa-se  para lá o bach descansado para reaparecer nos dias outoniços(como lhes chama um amigo meu).


Xutos e Pontapés

" Palavras que se enrolam na língua, a timidez superlativa".

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A influenciável – quem influencia quem?


Sempre ouvi dizer que a falta de personalidade era sinónimo de pouca ou fraca força dos traços que definem e identificam um indivíduo. Julgando crer de que se estabelece o binómio: fortes versus fracos, tenho, no entanto, constatado nos últimos tempos que a teoria de que alguém se deixar levar pelos outros, isto é, alguém influenciável, com pouca ou fraca personalidade, sendo, para grande parte das pessoas fraqueza de comportamento, leva muitíssimo à minha desconfiança.

Ora, tendo analisado o meu comportamento e de mais alguns espécimes, tudo me leva a enveredar pelo sentido contrário: Ser influenciável não é falta de personalidade, antes ter personalidade a dobrar. Se é que que se pode dizer. E confesso, perante a desilusão que poderá causar para os meus pais, que sou decididamente uma pessoa influenciável. Mudo de opinião consoante a companhia, mudo de estado de alma segundo o humor do dia, ou a dor menstrual, a irritação cutânea que surge inusitadamente, ou a carga emocional intravenosa injectável pela rouquidão dos dias, ou ainda pelo ambiente feio à minha volta; influenciável aos sorrisos doentes, hipócritas, às maledicências, à mesquinhez, à maldade, ao barulho produzido por certas pessoas, ao não reconhecimento, à falta de justiça, à falta de atenção e de verdade, à pobreza de pensamento, and the lis is long; não sou imune e fico logo doente, sim! Fico imediatamente com sintomas de gripe em estado avançado até chegar a uma anemia espiritual que não sei bem explicar. Também verifico que sou extremamente influenciável, mas em doses extra extra large a todo e qualquer tipo de dferentes modos de vida e viveres, ao sentido de humor, à música do Vinicius do jobim, do Yo yo ma, dos gotan Project (não chegaria o espaço nesta dimensão), à melody gardot pela sua inconfundível presença, aos que querem amar e têm medo, aos que extravasam o seu eu como jactos de água, à euforia, à alegria de viver de muitos seres, às crónicas dos jornalistas do i, aos blogs do Pedro mexia e da Mónica marques e do Pedro rolo duarte, ao Lobo Antunes que multiplica as minhas vozes interiores; sou influenciável à beleza de certas pessoas, à grandeza de certas acções (as poucas que ainda se vêem), à força da tua mão; rendo-me perdidamente, (e até chego a mudar de fisionomia) ao perfume de certos pensamentos lidos no acaso, ao discurso torrente do woody allen, à voz do Peter Murphy, ao D. Quixote que me ensina a viajar sem ser reconhecida, ao murmúrio do mar; em muitas situações deixo de ser eu para ser outra pessoa, deixo o meu ego a descansar no jardim das traseiras, nos arrumos lá naquele aposento quieto e em silêncio, e parto, parto sem saber quem parte, ou de como vou ficar quando regressar. Sou influenciável ao ponto de me transformar para captar a essência das coisas e de certos lugares. Sou influenciável porque quero vencer a finitude, porque gosto de pensar que vivo mais, porque não fico só pela metade de tudo, porque não me chega só o meu eu, porque preciso de me desdobrar constantemente, reinventar, manter sagrado o que é são quando o resto é tudo loucura. Influências à parte sou levada a crer que se trata mesmo de entusiasmo, pelo que é sempre ganho.


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Um despertar diferente




A força da ausência e da indiferença,
combate toda e qualquer palavra de Amor
escrita e circunscrita a um desejo fugaz;
não deixando que se perca toda e qualquer tipo de identidade
 procura-se a solidão dos dias para retemperar
o que se quer guardar de precioso.

domingo, 25 de outubro de 2009

Prelúdio outonal




Bach e Yo Yo Ma a combinar com o tempo de Outono.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Teardrop



Noone should speak with dead! What happen when it comes? God, for once, should help the human being that face´s it!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Advice to women

Act like a lady, think like a man!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Let me think about it



Seduzir, verbo transitivo com os seguintes significados no dicionário:

1. Enganar (empregando razões tentadoras).
2. Corromper por meio de sedução.
3. Subornar; corromper.
4. Fig. Deslumbrar; fascinar.
5. Cativar; atrair.
Ora, atendendo aos 3 primeiros significados, o acto de sedução é uma forma de um sujeito activo enganar outro sujeito, neste caso passivo, pois, este, cai na armadilha do sujeito activo. Só na quarta e quinta hipóteses dadas pelo dicionário, e no seu sentido figurativo, o acto de sedução é, afinal, o deslumbramento e fascinio.
já sobre o adjectivo, sedutor, o dicionário diz:

1. Que ou aquele que seduz.
2. O que desonra uma mulher, por sedução.
3. Que faz cair em erro.
4. Tentador; encantador; atraente.

 Quem sou eu para desmentir um dicionário!?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Traição oval




A trama arma da descoberta

traição da alma aberta

acção dúbia escamoteada

duas faces reviradas.

À volta: o mundo?

dentro: o coração!


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Lucidez não é Morbidez, ponto final.

Tenho-me sentido como dizia a Amália Rodrigues: "Sou lúcida, mas não sou mórbida."
Estou com um pequeno grande problema, tudo uma questão de perspectiva, acho. Ultimamente, acontece-me uma coisa curiosa: dou a minha bondade a quem não merece, dou a minha raiva a quem me enfurece; a minha indiferença a quem não entende o que eu falo; dou a minha conversa a quem nem sabe o que é a arte de conversação. Acho que vou escrever um letreiro na porta de minha casa: sentimentos em saldo, venha abastecer a sua dispensa.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Quando a vida acontece, a escrita pára, ou não!

Agora dou-me conta que já não vinha neste quadradinho há 8 dias; e eu a pensar que tinha sido ontem a última vez que fiz aqui pinotes, e dancei ao som da última música que passou pela cabeça. Creio que andei meio distraída, entretida a viver e, essas coisas que os humanos costumam fazer quando têm vidas comuns; então, nessas entrelinhas, foi acontecendo que terminei o livro de Miguel Sousa Tavares, no teu deserto, quase que um romance, nas palavras do autor, que me deixou desconsolada, como quando se come picanha e não há a caipirinha a acompanhar, ou ananás às rodelas e banana frita, meu deus, que desconsolo tão grande; confesso que queria mais, estava à espera de mais, mais magia no retoque dos cenários(puxa, o deserto é o lugar mais descrítivel do mundo), mais sedução na narração, mais emotividade das personagens, não sei, talvez para a próxima o Miguel me surpreenda. Também, por esses dias, deixei o saramago, e os seus cadernos de lanzarote,(já sei o que vão dizer, só agora leio os cadernos?) a apanhar poeira em cima da mesinha de cabeceira, mas nesse caso não foi desinteresse, não. Aqui foi porque a justiça literalmente me obrigou, por estes dias, a divagar numa outra novela, ou romance.(ainda não sei muito bem, que raiva essa coisa de hibridismo de géneros literários, nem é carne, nem é peixe, ou é as duas coisas); pois é, tenho 15 dias para ser perita na matéria, e como nunca fui isso em coisa nenhuma na minha vida, ando pra aí nervosa pelos cantos com receio de não dar conta do recado. Vejam bem a bolada que a vida me passa para todos os membros do corpo, não vai ser pêra doce, nem mole. Também por esses dias, andei de moto4 com o pedro; ele que já andava desencantado com a minha aversão a máquinas, moteretas, ou tudo que seja da familia das duas rodas com motor, por fim, lá consegue arrastar-me para um passeio de quase duas horas. Cheguei a casa descadeirada, mas feliz... meio a chover, meio quente, eu de chinelas de dedo, t-shirt e casaca, lá fomos percorrendo as mais variadas sendas e vielas junto ao mar, ou quase. O corpo em movimento a cortar o ar e a paisagem, os meus olhos fixos no céu, a agarrar as árvores, bem, se não foi um momento zen, esteve lá perto. Deu para canalizar as energias e o peso dessa coisa de ser obrigada a ser perita. Depois disso, comi duas vezes sardinhas assadas no pão com pimentos; confesso que sou uma sortuda, pois nas duas vezes que me lambusei com este manjar, alguém cozinhou para mim, e eu só tive que deglutir saúde. Sempre gostei de sardinhas, desde a época em que era pequena e que o meu avô comia as sardinhas pequenas fritas totalmente, e só deixava o rabo; dizia ele que fazia bem à saúde, contribuia para ossos fortes e evitava certas maleitas. Então, sempre penso que mulher que é mulher come sardinhas, ai como são boas. Também por esses dias andei de comboio, quase 8 horas(como tem sido hábito em minha vida, as viagens, ainda que pequenas, são por amor). Mas nesta última, teve um pouco de encarceramento pois ficou ao meu lado um brasileiro, jogador de futebol, ao que parecia pela conversa telefónica, a dizer que precisava de chuteiras, número 43, que as dele estavam abrindo) e dizia eu que este moço pensava que podia jogar livrementre em toda a área, já que quase toda a viagem veio com as pernas esticadas, os braços abertos e eu, a seu lado, encolhida no meu lugar, sem lugar para colocar computador, ou estender um pequeno livro, sequer.Haja paciência. Para agravar a situação, em frente a mim ficou um outro rapaz, de computador ligado, para minha inveja, de fones nos ouvidos, gemendo, sorrindo, gesticulando, sorrindo e gemendo, gesticulando e, no momento da falha de bateria, quase entrando em orbita, liga ao amigo para entrar no email dele porque não sabia como estava no jogo de computador(como diz a cidália, oh God make good but not yet). No comboio, também, um casal de brasileiros, ela a parecer india, cabelo pretissimo e compridissimo, e ele um homem de 40 e tal anos, pouco atraente, andando de um lado pro outro, sem saber os lugares onde se deveriam sentar; burrice, ou desconhecimento??nem sei, nem me interessou muito, excepto, o rosto dela que era diferente. Por fim, e após umas horas, lá consegui abrir um livro de teoria literária, para a minha pesquisa para o trabalho que tenho em mãos e em mente,  e de soslaio vejo que o moço a meu lado, deita o olho para ver o que estou a ler. boing; acho que teve uma desilusão, caiu e fracturou o fémur entre outros; devagarinho voltou à sua posição de passageiro normal. Fui salva pela literatura (afinal serve para alguma coisa) Eu, entretanto, fui viajando e lendo, que é tudo a mesma coisa, até casa. Agora dei-me conta, este artigo o escrevi em português meio abrasileirado; já sei onde está o gato: o meu tio de S.Paulo está por cá, comprei a viagem para o Brasil e tenho andado a treinar o sotaque(como sou influenciável, chiça!!!)E além disso, dei-me conta que não quero ser mais romântica, ou seja lá o que isso fôr; tenho a impressão que essa coisa de mostrar as emoções não é impressionável, é desencanto até; mas depois explico porquê, agora tenho que trabalhar(como se isso fizesse a minima diferença para esta situação).